Os números divulgados esta segunda-feira, 16 de Abril, pelo Eurostat revelam que o peso dos nascimentos fora do casamento tem vindo a aumentar em todos os Estados-membros, embora com ritmos muito diferentes.
França é o país da UE com maior percentagem de nascimentos fora do matrimónio (59,7%), seguida da Bulgária e Eslovénia (ambas com 58,6%). Portugal ocupa o sétimo posto, com 52,8% dos nascimentos fora do casamento.
Estónia (56,1%), Suécia (54,9%), Dinamarca (54%) e Holanda (50,4%) são os outros países onde mais de metade dos bebés nasceu fora do matrimónio.
No extremo oposto encontram-se a Grécia (9,4%), Croácia (18,9%), Chipre (19,1%) e Polónia (25%).
Comparando com o ano de 2000, o peso dos nascimentos fora do matrimónio aumentou em todos os Estados-membros, embora com ritmos bastante diferentes. Assim, enquanto nos países mediterrânicos registou-se uma forte subida – casos do Chipre (2,3% em 2000 para 19,1% em 2016), Malta (10,6% para 31,8%), Itália (9,7% para 28%) e Portugal (22,2% para 52,8%) – nos países nórdicos, Reino Unido, Irlanda e nos países do Báltico, a proporção manteve-se relativamente estável.
Recuando a 1986, verifica-se que Portugal passou de um em cada oito nascimentos fora do matrimónio (12,8%) para mais de metade (52,8%). No Chipre, por exemplo, em 1986 apenas 0,5% dos nascimentos ocorriam fora do casamento, número que subiu para 19,1% 30 anos depois.
Entre os países europeus fora da UE, a Islândia destaca-se ao registar 69,6% dos nascimentos fora do matrimónio.